Marcos da Rocha Oliveira
p. 87
p.153 alguma coisa
p. 98 Chopin Bukowski
Nos fundilhos – Chopin Bukowski, este é meu piano! E eu sou Arturo Bandini.
Escrevi uma única coisa. E não há o que tirar nem por. Como as lesmas que escalam a parede de meu banheiro e meu quadro de dois girassóis a óleo. As molas do meu sofá estouraram. Li umas poesias e falei sobre elas. As ações tiveram um dia de alta. Alguns riram. Agora, aqui. Nada a fazer. O bloco de anotações segue com suas banalidades. Carrego como sendo o meu “o cachorrinho riu”. Empilhados na mesa Bukowski e Fante. Cada um com suas mulheres, seus bares. E escrevendo com seus pianos. Peço o quarto Guinness Day 580 ml. Já sei que meus treze dinheiros não pagam nem o primeiro. Um menino de pele rosa entra com uma menina laranja. Só há uma saída. Mando-lhe um chute bem no meio do traseiro. Antes de voar para fora recolho meus livros e bato no peito:
− este é meu piano! E eu sou Arturo Bandini.
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