Gilles Deleuze
por Enrique Landgrave
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mutante

Eu sou essa mutante, com essas tantas cores de faíscas brilhantes, que voam e aterrizam sobre meu corpo, sem sentido e sem razão. Não há como descrever essas cores que classificam e significam a minha emoção. Eu sou essa mutante sem destino predestinado, ao mesmo tempo em que misturo as cores do arco-íris, vejo o preto e o branco ao meu lado. Há uma certa estranheza que habita em mim. Nem sei com que cor devo me expressar. Sou essa mutante que tem a capacidade de mudar, sentir e experimentar. Essa certa estranheza expressa minha perplexidade e beleza. Tudo passa e transita pelo meu corpo, o belo e o feio se encontram e se misturam em mim, com sensação de movimento e vertigem.
Há um fluido, uma crise espontânea, talvez momentânea, que invade e modifica meu jeito de ser, minha personalidade. Penso que estamos sempre nessa mutação, procurando uma nova cor, um novo tempo, uma outra direção. Às vezes, posso estar confusa em um labirinto de cores e sabores, porque cada cor ou tonalidade exprime uma idéia, um comportamento, em sua expressividade. Olho e enxergo as cores, que criam vida dentro de mim. Essa arte, essa natureza fazem parte das minhas dúvidas e incertezas. É essa capacidade de criar e de me reinventar constantemente, que faz cada segundo da minha existência pintar com uma aquarela diferente. 

Elisa Riffel Pacheco
Psicopedagoga, professora de teatro, especialista em Pedagogia da Arte
elisapach@yahoo.com.br

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