Gilles Deleuze
por Enrique Landgrave
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Resenha: Espiritografias de co-criação dialógica

Há um espaço, um suspiro, uma dimensão para se escrever, para cantar, para libertar o imaginar. Um espaço que repete palavras, cores, linhas e sabores, e mistura ingredientes que integram uma mesma massa de diferentes escrileituras.  É desse componente, dessa química, que se descobre diversas formas, trajetos e culturas de ler a vida e o ser humano. Vivemos nesse cotidiano de experimentações, movimentos dialógicos que se transformam em histórias, poesias, e até mesmo em anagramas. Por que não reinventar-se? Quebrar modas e molduras e brincar de compor novas partituras? O que há no céu, no universo, no infinito ou embaixo da cama que poderia mover em si a criação? E essa batucada, des-sinfonia acelerada que cutuca o coração e contamina o corpo, o pensamento, nossa dança, nossa percepção. É essa arte, essa filosofia, que não tem uma definição prévia, nem teoria, pois vem da atuação, da espiritografia que compõe a nossa genética, a nossa poética. Apenas se brinca de contar e ouvir histórias, tangos e boleros. São essas músicas, versos, cenas e composições que dão margem, lugar as transcriações. Apenas escrevo, escrevo devagar, sem pensar, escrevo com improvisação, sem alegorias, sem me intimar. A escrita é esse diálogo, verso, grafia que me faz ir e voltar, que me faz sentir que cada vez que eu pisco os olhos, eu posso ser um personagem, estar em algum tempo, espaço ou lugar.  A espiritografia é essa viagem entre pirâmides, ruínas e cachoeiras, que oportuniza margens, miragens e maneiras para desenhar as pinturas da vida que ainda estão por ser inscritas, ditas ou circunscritas no silêncio. É nesse livro que se encontra o drama, a fantasia que por vezes se esconde nos labirintos, becos e alamedas de um caminho sem cor. E para dar a cor é preciso permitir-se sonhar, encorajar-se ao criativo, ao desconhecido, ao des-território adormecido. 
Elisa Riffel Pacheco

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